BRASÃO DE MARROCOS
Marrocos
DADOS PRINCIPAIS:
Nome oficial: Reino de Marrocos (Al-Mamlaka al-Maghribiya).
Nacionalidade: Marroquina.
Data nacional: 18 de novembro (Independência).
Capital: Rabat.
Cidades principais:
Casablanca (2.940.623), Rabat (1.385.872), Fès (774.754) (1994).
Religião: islamismo 98,7% (maioria sunita), cristianismo 1,1%, outras 0,2%
(1993).
Idioma: árabe (oficial), berbere; espanhol é usual na Região Norte e o francês (segunda língua) é falado pela elite.
Mapa de Marrocos com suas 7 regiões
subdivididas em províncias e 2 prefeituras (Casablanca e Rabat).
DADOS BÁSICOS:
Sistema de Governo: Monarquia Constitucional
Monarca: Mohammed VI
Primeiro Ministro: Abbas El Fassi
Capital: Rabat
Cidade mais populosa: Casablanca
Língua oficial: Árabe
Grupos étnicos: Arabes-Berberes 99.1%, outros 0.7%, Judeus 0.2%
Religião dominante: Muçulmana sunita (99%)
Área total: 710.850 km² (57º)
População: 33.757.175 hab. (Estimativa de 2009)
Moeda: Dirham
PIB Total: US$152,2 bilhões (estimativa de 2009)
PIB Per capita: US$4.600 (stimativa de 2009)
Portal oficial do governo do Reino do Marrocos
Mohammed VI ( Rabat, 21/08/1963 ) é rei de Marrocos desde a morte de seu pai Hassan II, em 1999.
Sua Majestade o Rei Mohammed VI
Como
filho mais velho do rei Hassan II de Marrocos e sua esposa, Lalla
Latifa Hammou, de uma importante tribo norte-africana, antes de se
tornar rei, foi detentor do título de príncipe herdeiro. Ele foi coroado
a 23 de julho de 1999,
somente algumas horas depois da morte de seu pai. O jovem rei logo se
tornou um modernizador que tem assegurado a legalidade de uma monarquia
constitucional, um sistema político que tem vigorado em Marrocos desde a
constituição de 1972.
Mohammed é o décimo oitavo rei da Dinastia Alaoui, que tem reinado em
Marrocos desde 1666. Ele também detém, de acordo com a constituição
marroquina, o título de Amir al-Mu'minim (
Comandante da Fé ou chefe religioso).
Tem
um irmão, o Prícipe Moulay Rachid, o e três irmãs, as princesas Lalla
Meryem, Lalla Asma, e Lalla Hasna. Em 21/03/2002, desposou Salma Benani
em Rabat, concedendo-lhe o título deprincesa consorte. Tem dois filhos
dela, o Príncipe Hereiro Moulay Hassan, nascido a 8/05/2003 e a Princesa
Lalla Khadija, que nasceu a 28/02/2007. Casa Real Alaoui.
A
Bandeira do Marrocos é vermelha com uma estrela verde ao centro.
A estrela é símbolo de saúde, sabedoria e paz.
Se usa a cor verde na estrela porque é a cor do Islamismo.
Descrição da bandeira
Pentagrama Verde
O pentagrama verde representa o Selo de Salomão.
Representa ainda a deusa Ishtar, associada pelos muçulmanos a Fátima, filha
do profeta Maomé.
Na
bandeira do Marrocos, o pentagrama representa o elo entre
Deus e a nação.
Cores Verde e Vermelho
As cores verde e vermelho são tradicionais nas bandeiras de países árabes.
O verde representa o Islã.
Aspectos históricos
O Marrocos é colonizado por navegadores de origem fenícia, por volta de 1.100
antes de Cristo. Romanos, vândalos, visigodos e bizantinos dominam sucessivamente
a área. No século VII depois de Cristo, os árabes conquistam a região, alcançando
também a Espanha.
As riquezas naturais do país, aliadas a seu fácil acesso, aguçam a cobiça dos
portugueses, que procuram estabelecer-se na costa atlântica, no século XV. Seguem-se
os franceses, em 1530. Governado por diversas dinastias nativas, o país manteve
relações comerciais regulares com a Europa durante os séculos XVII e XVIII,
quando era conhecido como base dos piratas de Salé...
O sultão Mulay Ismail reconquista, no início do século XVIII, quase todas as
cidades tomadas pelos europeus. Mas, no fim do século XIX, a França afirma seu
domínio sobre a região. No século XIX, ocorreram diversos conflitos com espanhóis
e franceses até que, em 1904, França e Espanha dividiram o país em Zonas de influência,
estabelecidas como protetorados.
A disputa pelo território, rico em depósitos minerais, quase leva à guerra
em 1905, quando a Alemanha procurou obter controle sobre parte da região.
Conflitos de interesses entre os dois países na região resultam, em 1912, na
Conferência ou Tratado de Fês, estabelecendo um
Marrocos Francês
(capital
Rabá) e a Espanha adquire o controle de duas porções, uma no extremo
norte, Tanger, e outra no sudoeste, atualSaara Ocidental, com o
Marrocos Espanhol (capital Tétouan).
Mercado junto às muralhas de Tanger. Louis Comfort Tiffany. Smithsonian American Art Museum. Via Wikimedia Commons.
Através
do acordo de Tânger, firmado pelos
britânicos, franceses e espanhóis, em 1923, foi criada uma zona
internacinal
no porto de Tângier, permanentemente neutra e desmilitarizada.Tângier
tornou-se uma zona internacional entre 1923 a 1956. Os protetorados
ganharam
independência, em 1956...
Agitações nacionalistas e levantes tribais ameaçam o poder franco-espanhol
nos anos 20 e 30. Abdel Krim, líder dos berberes, chega a proclamar a República
das Tribos Confederadas. Mas tropas francesas, auxiliadas pela Espanha, forçam
Krim a capitular, em 1926.
Durante a II Guerra Mundial, a Espanha ocupou o porto, porém foi forçada a
se retirar em 1945... Com a França ocupada pelos alemães, surge, já em 1943,
o Istiqlal. De perfil moderado, esse novo partido passa a liderar o movimento
nacionalista marroquino, apoiado pelos EUA.
Independência
Em 09/04/1947, o então sultão Sidi Mohamed e o príncipe Heritier
Moulay Hassan, pronunciam-se em Tânger a favor da autonomia, reafirmando a unididade
territorial do Reinado de Marrocos (os selos abaixo marcam tal evento). Ele
foi deposto e exilado pelos franceses em 1953... Dois selos foram emitidos em
09/04/1997, com valor facial de 2 Dh cada, para marcar o Aniversário de 50 Anos
do Discurso de Tanger (50ème Anniversaire du Discours de Tanger 9-4-1947).
Kasbah Aït Benhaddou, Alto Atlas. Jerzy Strzelecki. Via Wikimedia Commons.
O domínio francês, no entanto, é enfraquecido no ano seguinte pela derrota
do país na Indochina e pela insurreição na Argélia.
Esses dois fatos estimulam a retomada da luta nacionalista no Marrocos. Por
pressão popular, Sidi Mohammed retorna ao país em 1955.
Abaixo,
um selo contemporâneo emitido pela República Francesa em 1997, sobre as
vítimas na África do Norte, ocorridas entre 1952
a 1962. O selo mostra o mapa da região e várias cidades de 3 países,
inclusive
o território da Grã-Bretanha, Gibaltar:
1. Marrocos (a capital do país Rabá ou Rabat, Tânger e Fês)
2. Argélia (a capital Argel, Bechar, Touggourt e El Goléa)
3. Tunísia (a capital Tunis e Gabes)
Em 02/03/1956, o Marrocos conquista a independência, com o reconhecimento da
França e Espanha... No ano seguinte, Sidi autoproclama-se rei, mudando seu nome
para
Muhamed V.
O primeiro selo emitido por Marrocos (Southern Zone) data de 1956 (Scott: 1),
com valor facial de 5 francos (azul).
O primeiro selo emitido por Marrocos (Northern
Zone) data de 1956 (Scott: 1), com valor facial de 10 centimes. Ambos mostram
o retrato de Sua Majestade o
Rei Mohamed V. Selos foram emitidos
por mais um ano, até 1957...
A oposição à Monarquia se consolida em 1959, com a fundação do partido socialista
União Nacional das Forças Populares (UNFP), uma dissidência do Istiqlal. Posteriormente,
a UNFP se divide, originando a União Socialista das Forças Populares (USFP).
Muhammed V morre em 1961. Seu filho, Moulay Hassan, sobe ao trono com o nome
de
Hassan II. Em 1963 ocorrem as primeiras eleições para a Câmara dos
Representantes, que é logo dissolvida. Manifestações estudantis e de desempregados,
em 1965, dão ao rei o pretexto para proclamar estado de emergência e assumir
poderes ditatoriais. Nas eleições legislativas de 1970, 1977 e 1984, os candidatos
independentes e os partidos leais ao rei conquistam a maioria das cadeiras do
Parlamento.
Em Marrocos inicia o Deserto de Saara
Guerra no Saara
Em 1975, o Marrocos ocupou a parte norte do antigo Saara Espanhol – dois terços da colônia espanhola.
Enquanto a Mauritânia ocupa a parte sul – incorporando
o restante do território no ano seguinte. A Frente Polisário (que lutava pela
independência do antigo Saara Espanhol) lidera um movimento revolucionário que
contesta a ocupação e, com o apoio da Argélia, inicia
guerrilhas contra os marroquinos e mauritanos. Em 1979, a Mauritânia assina
um acordo com a Frente Polisário e abandona a área, que é logo invadida pelo
Marrocos. O conflito se estende até hoje...
A situação política do país agrava-se nos anos 80. O aumento no preço dos alimentos
provoca greves e manifestações em 1981, 1984 e 1990, todas reprimidas pelo governo...
O Exército mata dezenas de pessoas e prende milhares de opositores, mais tarde
anistiados. O governo passa a enfrentar também o crescimento do fundamentalismo
islâmico e reage colocando na ilegalidade suas principais organizações...
Em 23/07/1999, o
Rei Hassan II, que reinava desde 1961,
faleceu. Sua morte marca o fim de uma era, não só para o Marrocos, mas para
todo mundo Árabe e Islâmico, pois ele foi um dos maiores monarcas na moderna
história do mundo árabe, reinando por mais de 38 anos. Seu filho mais velho,
o príncipe herdeiro Sidi Mohammed, foi anunciado como o novo Rei do Marrocos,
Rei Mohammed VI, tornando o monarca de 35 anos de idade o décimo oitavo
rei da dinastia Alauita (Alawite)... Uma série de 3 selos regulares emitida
em 01/07/2006, mostra sua efígie (abaixo, um deles).
POLÍTICA:
Forma de governo: Monarquia parlamentarista.
Divisão administrativa: 7 regiões
subdivididas em províncias e 2 prefeituras (Casablanca e Rabat).
Principais partidos: coalizão Bloco Democrático
(União Socialista das Forças Populares - USFP; Istiqlal; e outros), coalizão Entente
Nacional (União Constitucional - UC; Movimento Popular - MP; entre outros), União
Nacional dos Independentes (RNI), Movimento Democrático e Social (MDS).
Legislativo:
bicameral - Câmara dos Conselheiros, com 270 membros escolhidos por colégios eleitorais
e por associações profissionais e de comércio; Câmara dos Representantes, com 325
membros eleitos por voto direto. Com mandatos de 9 e 5 anos, respectivamente.
Constituição
em vigor: 1992
Aspectos Geográficos
GEOGRAFIA:
Localização: noroeste da África.
Hora local: + 3h.
Área:
710.850 km2.
Clima: mediterrâneo (litoral), árido subtropical (centro), de
montanha (L).
Área de floresta: 38 mil km2 (1995).
O Marrocos situa-se no Noroeste da África do Norte, entre o 21º
e o 36º graus de latitude Norte, gozando de uma posição privilegiada
com uma fachada marítima que se estende sobre 3.416 km abrindo-se sobre
o mar Mediterrâneo ao Norte, com uma costa de 512 km que vai de Saïdia
ao Cabo Spartel, e sobre o Oceano Atlântico ao Oeste, com um comprimento
de costa de 2.934 km de Cabo Spartel até Lagouira. As fronteiras são
limitadas a Leste pela Argélia e ao Sul pela Mauritânia.
O Marrocos está dividido em 16 regiões, subdivididas em prefeituras e províncias
(cidade-capitais entre parênteses); as regiões indicadas por asteriscos (*)
estão parcialmente ou totalmente localizadas no Saara Ocidental:
A superfície de Marrocos atinge cerca de 710.850 km
2 dos quais
uma parte importante está coberta de zonas montanhosas. Boa parte do
país é ocupada pelos Montes Atlas, com picos que superam 4.000
metros de altitude. As praias de Agadir, as cidades históricas de Fèz
e Marrakech e as paisagens desérticas da região atraem milhões
de estrangeiros. O turismo é importante fonte de recursos.
Marrocos
no globo terrestre
POPULAÇÃO:
Total: 28,4 milhões (2000), sendo árabes marroquinos 70%,
berberes 30% (1996).
Densidade:
39,95 hab./km2.
População urbana: 55% (1998).
Crescimento demográfico:
1,8% ao ano (1995-2000).
Fecundidade: 3,1 filhos por mulher (1995-2000).
Expectativa
de vida M/F: 65/68,5 anos (1995-2000).
Mortalidade infantil: 51 por mil nascimentos
(1995-2000).
Analfabetismo: 51,1% (2000).
IDH (0-1): 0,589 (1998).
Aspectos Econômicos
ECONOMIA:
Moeda: dirrã marroquino.
PIB: US$ 35,5 bilhões (1998).
PIB agropecuária: 17% (1998).
PIB
indústria: 32% (1998).
PIB serviços: 51% (1998).
Crescimento do PIB: 2,2% ao
ano (1990-1998).
Renda per capita: US$ 1.240 (1998).
Força de trabalho: 11
milhões (1998).
Agricultura: trigo, cevada, beterraba, frutas cítricas, tomate,
batata.
Pecuária: bovinos, ovinos, caprinos, aves.
Pesca: 785,8 mil t
(1997).
Mineração: fosforito, ácido fosfórico, carvão. Indústria:
fertilizantes, refino de petróleo, alimentícia, têxtil.
Exportações: US$ 7,2
bilhões (1998).
Importações: US$ 10,3 bilhões (1998).
Parceiros comerciais:
França, Espanha, EUA, Alemanha, Arábia Saudita, Japão, Índia, Itália.
ECONOMIA E COMÉRCIO
O Marrocos é a terceira maior
economia da África do Norte, atrás do Egito e da Argélia. Em 2002,
apresentou um PIB da ordem de US$ 52,4 bilhões, correspondente a uma renda
per capita de US$ 1.685. Altamente dependente do setor
agrícola, fonte de emprego para 45% da população economicamente ativa, a
economia marroquina tem apresentado desempenho errático, condicionado
sobretudo por fatores climáticos.
O setor industrial é bastante
diversificado, compreendendo toda a gama de atividades ligadas à produção
de bens de capital, bens intermediários e de consumo. Destacam-se as
indústrias de extração e processamento de fosfatos (dos quais o Marrocos é
o maior produtor mundial), o setor pesqueiro, bem como as indústrias
têxteis. Em 1997, o governo lançou um programa de modernização de pequenas
e médias empresas (mise à niveau), com o objetivo de adequá-las aos
padrões europeus, já que a partir de 2008 o Marrocos deverá integrar a
área de livre comércio da Comunidade Européia.
O setor de
serviços é igualmente importante, empregando 35% da força de trabalho
marroquina. A indústria do turismo merece destaque especial, pois
representa uma das principais fontes de recursos externos do país. Em
1998, o Marrocos recebeu 2 milhões de turistas estrangeiros, gerando
receita da ordem de US$ 1,5 bilhão. Está em curso ambicioso programa de
modernização e ampliação da infra-estrutura turística, com o objetivo de
atingir, no prazo de três anos, a cifra de 4 milhões de visitantes/ano.
Ao longo
dos últimos anos, a política econômica tem-se pautado pelo imperativo de
equilibrar as contas públicas, mediante um ajuste fiscal que inclui
redução dos gastos e privatização de estatais. Desde 1995, o Governo vem
seguindo as recomendações do Banco Mundial com vistas a reduzir o déficit
público. Não obstante os sucessos já obtidos pelo programa de
privatizações, com transferência de 58 estatais para a iniciativa privada,
bem como a adoção de medidas impopulares, como o congelamento de salários
do funcionalismo público, o déficit permanece em torno de 4% do PIB.
O Marrocos vem conduzindo uma
habilidosa estratégia de conversão da dívida externa em papéis de longo
prazo, tendo reduzido o endividamento total de US$ 23 bilhões (em 1995)
para o patamar de US$ 17,8 bilhões (2003). Além disso, o país tem recebido
fluxo significativo de investimentos diretos estrangeiros, sobretudo nos
setores têxtil, de autopeças, turismo e agronegócio. A taxa anual de
inflação vem apresentando tendência declinante, registrando-se 1,2 % em
2003. Por outro lado, a taxa de desemprego de 19% (2002) constitui fator
de preocupação para o Governo. Particularmente alarmante é o fato de que o
desemprego tem afetado sobretudo pessoas com formação universitária.
Especiarias
A
descoberta de petróleo na região de Talsint, em julho de 2000, pode
significar um ponto de inflexão na história econômica do país. Ainda
importador de petróleo, o Marrocos poderá desenvolver infra-estrutura para
exploração, transporte e refino do combustível, que teria impacto
formidável no equilíbrio financeiro do Estado. As reservas potenciais,
estimadas em 15 bilhões de barris, poderiam suprir as necessidades
internas por um período de 60 a 90 anos. O governo elabora um ambicioso
plano petrolífero, cujo principal objetivo é atrair investimentos externos
para exploração do petróleo. Nesse sentido foi criada, em julho de 1999, a
Lone Star Energy Inc., associação entre a texana Skidmore Energy Inc. e a
marroquina Mediholding S/A., para realizar pesquisa e iniciar a
prospecção. Também entrou em vigor o Código de Energia, com vistas a
regulamentar a parceria do Estado com empresas estrangeiras na indústria
petrolífera.
Tapetes
O comércio
exterior do Marrocos, concentrado na exportação de produtos primários
(pescados, fosfatos e produtos têxteis) e na importação de bens de
capital, veículos, bens manufaturados e combustíveis, alcançou em 2003 US$
26 bilhões, com exportações de US$ 9,5 bilhões e importações de US$ 16,5
bilhões. Em 2003, as exportações marroquinas destinaram-se sobretudo à
França (26,4%), Espanha (16,7%), Reino Unido (7,1%), Alemanha (5,2%),
Itália (5%) e EUA (4%). Quanto às importações, seus principais
fornecedores são França (21,1%), Espanha (13,6%), Itália (6,7%), Alemanha
(6,7%), China (4,6%), Arábia Saudita (4,2%) e Reino Unido (3,9%). No mesmo
ano, as importações marroquinas provenientes do Brasil somaram US$ 344
milhões (2,1%), e as exportações para o Brasil alcançaram US$ 185 milhões
(1,9%).
Comércio
Exterior do Marrocos
(US$
milhões)
|
2000
|
2001
|
2002
|
2003
|
2004*
|
Exportações
|
8.124
|
7.117
|
8.262
|
9.510
|
2.862
|
Importações
|
12.519
|
10.978
|
13.370
|
16.543
|
4.640
|
Balança comercial
|
-4.395
|
-3.861
|
-5.108
|
-7.033
|
-1.778
|
Intercâmbio comercial
|
|
18.095
|
21.632
|
26.053
|
7.502
|
Fonte:
FMI. Direction of Trade Statistics - Yearbook 2003e Quarterly, September
2004.
(*) Janeiro-Março.
O Brasil mantém
Embaixada no Marrocos desde 1963. As relações entre os dois países são
marcadas pelo bom entendimento no plano político, construído ao longo dos
anos. A partir da entronização de Mohammed VI, em 1999, as relações com o
Marrocos alcançaram rapidamente um novo patamar.
Por um lado, em virtude da disposição do novo
monarca em diversificar a ação externa marroquina; por outro, graças à
determinação do Governo brasileiro de intensificar o diálogo com os países
africanos e árabes, colocando-o sob nova perspectiva, que ressalta a
afirmação dos princípios da cooperação Sul-Sul.
A partir
de 2003, amiudaram-se as visitas de altas autoridades marroquinas e de
missões técnicas de cooperação com o Brasil, iniciadas com a vinda do
Ministro do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, em junho daquele ano, e com
a visita do Ministro da Habitação e do Urbanismo, em julho. As
possibilidades de cooperação identificadas em ambas as ocasiões foram
aprofundadas em missões técnicas posteriores. Nos dias 13 e 14 de abril de
2004, o Ministro das Relações Exteriores, Mohammed Benaïssa, visitou
oficialmente o país, já em preparação da visita real.
Vale
registrar que o Marrocos tem dado valioso apoio às atividades
preparatórias da Cúpula de Chefes de Estado e de Governo de Países Árabes
e da América do Sul. O Governo marroquino, além de oferecer-se para
organizar reunião ministerial preparatória da Cúpula, que ocorrerá em
Marrakesh, nos dias 25 e 26 de março de 2005, comprometeu-se a sediar,
durante aquela reunião, e em conjunto com o Governo argentino, um
Seminário de divulgação da cultura sul-americana junto aos países árabes.
Aspectos Científicos
NASCE CEI.MARNET, A MAIOR AGREGAÇÃO CIENTÍFICA MARINHA DA EUROPA
Reitores de universidades da Espanha,
Portugal e Marrocos reunem-se para a criação da Rede de Campus de
Excelência Internacional de Temática Marina
Os reitores das universidades de Cádiz, Vigo, Las Palmas, La Laguna, Murcia, Politécnica de Cartagena, Huelva, Málaga e Almería, bem como os vice-reitores das universidades de Granada, Algarve (Portugal) e Abdelmakek Essâadi
(Marrocos), promotoras dos campi de excelência marinhos da Espanha,
assinaram, nesta manhã, o protocolo de constituição da Rede de Campus de
Excelência Internacional de Temática Marina (CEI.MARNET), um
evento enquadrado no Encontro Ibero-americano de Ciências do Mar.
A Universidade de Cádiz, que exerceu de instituição anfitriã, quis coordenar os trabalhos para a
constituição de uma Rede da qual fazem parte os quatro campus de
excelência internacional marinhos de Espanha: Campus do Mar na Galícia, Mare Nostrum em
Murcia, Canárias Atlântico Tricontinental em Canárias e Cei.mar em
Andaluzia. O evento contou com a presença e o respaldo de representantes
dos diferentes centros e institutos de pesquisa que estão entre os
promotores dos mesmos, como o Conselho Superior de Investigações
Científicas (CSIC), o Instituto Espanhol de Oceanografia (IEO), o Real
Observatório da Armada, o Instituto Hidrográfico da Marinha, o Instituto
de Investigação e Formação Agrária, Pesqueira, Alimentícia e da
Produção Ecológica, o Museu Nacional de Arqueologia Subaquática, o
Instituto andaluz de Patrimônio Histórico, entre outros.
http://www.aulaiberoamericana.es/pt/cargarAplicacionNoticia.do;jsessionid=D6F85430C1B7178A27157C6139C7FF44.AUI2?texto=&identificador=1094&fechaDesde=&idCategoria=0&fechaHasta=
Aspectos Culturais
Um dos grandes eventos de Marrocos é a ultramaratona na areia, que é
disputada no sul do país. Os competidores percorrem 206 quilômetros em
seis etapas. Os participantes carregam uma mochila com todo o material
necessário, mas só podem beber nove litros de água por dia. Tempestades
de areia e bolhas nos pés são os maiores obstáculos. Em 1994, o vencedor
foi o russo Andrei Derksen, com dezesseis horas e 55 minutos.
Passeios de camelo pelo deserto
No jantar marroquino, as mesas geralmente não ficam preparadas, pois
os pratos são trazidos pouco a pouco. Uma empregada ou um membro mais
jovem da família (sempre uma mulher) traz uma bacia de metal com sabão
no meio, às vezes feito de esculturas artesanais, e água em volta. As
mãos são lavadas e uma toalha é oferecida para secá-las. Os marroquinos
tem o costume de beber chá verde com hortelã (menta) e açúcar antes e
depois da refeição. Agradecem a Deus dizendo “Bismillah”. Eles comem
primeiramente de um prato comunitário, com a mão direita, o polegar e os
dois primeiros dedos. No fim das refeições agradecem novamente dizendo ”
All Hamdu Lillah” que quer dizer: Graças a Deus, e repetem o ritual de
lavar as mãos.
*Artistas de Circos - Acrobacias, andar na corda bamba, malabarismo
*A
dança do ventre
é uma famosa dança praticada originalmente em diversas regiões do
Oriente Médio e da Ásia Meridional. De origem primitiva e nebulosa,
datada entre 7000 e 5000 a. C, seus movimentos aliados a música e
sinuosidade semelhante a uma serpente foram registrados no Antigo Egito,
Babilônia, Mesopotânia, Índia, Pérsia e Grécia, e tinham como objetivo
preparar a mulher através de ritos
religiosos dedicados a deusas para se tornarem mães.
Com
a invasão dos árabes, a dança foi propagada por todo o mundo. A
expressão dança do ventre surgiu na Fraça, em 1893, No Oriente é
conhecida pelo nome em árabe
raqṣ sharqī (رقص شرقي, literalmente "dança oriental"), ou
raqṣ bládi (رقص بلدي, literalmente "dança da região", e, por extensão, "dança popular"), ou pelo termo turco
çiftetelli (ou τσιφτετέλι, em grego).
É composta por uma série de movimentos vibrações, impacto, ondulações
e rotações que envolvem o corpo como um todo. Na atualidade ganhou
aspectos sensuais exóticos, sendo excluída de alguns países árabes de
atitude conservadora.
Demografia
Desde a independência, a população marroquina cresceu firme
e significativamente. Marrocos tem uma população de 31,5 milhões
de habitantes (2005), 70% deles sendo árabes marroquinos e 30% berberes,
dos quais 50 % têm menos de 20 anos e os 70 % restante, menos de 30 anos.
Densidade: 57,4 habitantes / km
2
População urbana: 55% (1998)
Crescimento demográfico: 1,8% ao ano (1995-2000)
Fecundidade: 3,1 filhos por mulher (1995-2000)
Expectativa de vida M/F: 65 / 68,5 anos (1995-2000)
Mortalidade infantil: 51 por mil nascimentos (1995-2000)
Aspectos Turísticos
O Marrocos povoa o imaginário dos viajantes como um destino exótico e
mítico. De fato, é um destino fascinate, uma festa para os sentidos,
mas também um destino acessível e preparado para receber turistas de
todo o mundo. O turismo é uma das principais industrias do Marrocos. O
governo marroquino é ciente do potencial do turismo para o
desenvolvimento do país, tem investido no segmento pretendendo atrair 10
milhões de visitantes ao longo de 2010.
O relatório Vision 2010 mostra que o Marrocos deverá a médio prazo
trabalhar com 250 mil leitos de hotel, incluindo 180 mil localizados
dentro ou ao redor das cidades e uma meta de 1.300 vôos semanais,
alcançando 15.6 milhões de passageiros por ano. Em 2009, cerca de 8,4
milhões de turistas visitaram o Marrocos.
É um dos destinos mais interessantes para se vivenciar a cultura
oriental e o norte da àfrica. Possui destinos variados que vão de
cidades costeiras com vilas de pescadores a resorts de alto luxo,
montanhas para prática de ski, aventuras no deserto em caravanas de
camelo ou veículos off-road, cidades e fortificações que são monumentos
vivos, uma vasta lista de patrimónios culturais da humanidade, além uma
cultura milenar acessível e tolerante.
O Marrocos é um destino marcante, que emociona qualquer visitante.
*Principais cidades de Marrocos
Todas as cidades, curiosamente são definidas
por uma cor básica de suas construções: Marrakech é a cidade vermelha,
Meknés, a verde; Fez é amarela.
Rabat, a cidade branca do litoral atlântico, é a única das cidades
imperiais que conserva sua importância política: a capital do país.
RABAT
Rabat, Rabate ou Rabá, Capital do Reino de Marrocos, localiza-se na
costa do Atlântic, possui uma população de 1,7 milhões de
habitantes (incluindo Salé). Fundada em 1159 pelo sultão almóada Abd
al-Mu'min, ue ali construiu uma fortaleza, uma mesquita e uma
residência. Tornou-se cidade imperial em 1660 e foi a capital do
protectorado francês de Marrocos entre 1912 e 1956.Situada junto ao mar,
na foz do Bu-Regreg,
é a capital administrativa e política do Marrocos.
Palácio Real em Rabat
No local hoje ocupado por Rabat existiu a localidade de Chella, designada Sala
Colonia pelos Romanos. No século XII, foi a capital do império
almorávida. Nesta cidade ergue-se o Palácio Real. É a sede
do governo, dos ministérios e da administrção
central.
A cidade é dominada pela torre Hassan, com cerca de 44 metros de altura.
*Medina Meknes -
Rua do comércio, lojas em todo os lados e lugares possíveis, cheias de
bugigangas. As lojas são agrupadas de acordo com seus produtos, setor de roupas, calcados, tapeçaria, peças de couro,
*Casablanca - Esta moderna cidade costeira (a maior do país) é o ponto de partida para
os visitantes que voam para este país. Se tiver tempo, não perca a
medina histórica e a moderna mesquita (a segunda maior do mundo), que
merecem uma boa visita.
Vista aérea da cidade Casablanca
Casablanca - Mesquita Medina
*Marrakech – Saindo-se de Fes se passa pela cidade berbere de Immouzer du Kandar
e Ifrane, zona de “sky”, bem conhecida. Passa-se por regiões montanhosas, depois
em Beni-Mellal, e chega-se na segunda Cidade Imperial mais antiga, conhecida
como a “Pérola do Sul”.
Visita aos Túmulos de Saadian, a Koutoubia, Baía Palace, Jardins de Menara.
Visite os “souks” e a Praça Djamaa El Fna – com seus variados entretenimento,
o espaço cultural da Place Jemaa el-Fna foi inscrito em 2001, na Lista do Patrimônio
Oral e Imaterial da UNESCO.
À noite jantar “Fantasia Diffa”, nas tendas de “Chez Ali” para poder apreciar
o folclore de diferentes regiões do Marrocos. Até Casablanca são 250 quilômetros.
Torre da mesquita Koutoubia construída
em 1153
Do lado esquerdo, máximo
postal do Marrocos Espanhol, Porta de Casbah – Tanger. Do lado direito,
selo postal emitido em 2003, com valor facial de 65 Dh, que
mostra a Grande Mesquita de Salé, localizada na cidade de mesmo nome.
Tânger
*Tanger
Fundada por fenícios, foi o principal porto de entrada para o Marrocos
durante muitos séculos, devido sua localização no Estreito de Gibraltar.
Hoje é uma cidade moderna, com um importante distrito de negócios e
diversos hotéis 5 estrelas.
*
Ouarzazate
Considerada a Capital do Sul, é um óptimo exemplo de preservação e
turismo que não destruiu o sentimento maravilhoso desta fantástica
cidade antiga.
*
MEKNÈS
Iniciada como um Kasbah do século 8, a cidade de Meknès foi uma
fortaleza Almoravid, que acompanhou as dinastias Almohad, Merinid e
Wattasid. Possui importantes mesquitas e madrassas, assim como numerosos
jardins, portões e minaretes.
A cidade de Meknès foi transformada em capital imperial pelo sultão
alauita Moulay Ismael nos séculos XVII e XVIII. Ele mandou construir
portas majestosas, estábulos, fontes, jardins, mesquitas, kasbashs, palácios
e 25 km de muralhas ao redor da cidade. Ele também pessoalmente participou
em algumas obras. Transformou a cidade numa autêntica maravilha.
Bab Mansour, em Meknès
A cidade
chegou a ser conhecida como "A Versalles do Marrocos". Com sua morte
começou a decadência. Os seus sucessores levaram a capital para
Fèz ou para Marrakech. E um terremoto, em 1755, fez muitos estragos na
cidade.
Nove portas grandiosas, chamadas em árabe de "babs", cada uma
com quatro grandes torres, dão acesso à velha cidade. A mais bela
destas portas, Bab Mansour, foi concluída em 1732.Meknès
Medina em Fèz
*
FÈZ
É a mais antiga das cidades imperiais, medievais do mundo e é considerada por muitos
o coração de Marrocos. A medina de Fèz el-Bali (a antiga
Fèz) é uma das maiores cidades medievais do mundo e as portas
e muros que cercam a cidade fazem desta uma das melhores atrações
de todo o país. A cidade se divide em dois lados totalmente distintos. Fèz el-Bali ou,
"Cidade Velha" e Fèz el-Jedid, "Cidade Nova".
*Tetouan
Situada próxima a Tanger, é o unico porto marroquino aberto para o
mediterrâneo. Possui construções que remetem à arquitetura moura sendo
contemporânea a ocupação da Granada e Alhambra na Andalusia
(Al-Andalus), Espanha. A medida de Tetouan é é reconhecida pela Unesco
como patrimônio mundial da humanidade.
*El Jadida (Mazagão)
El Jadida é uma cidade costeira e um importante porto do Marrocos.
Inicialmente conhecida como Mazagão, foi uma cidade portuguesa
controlada por Portugal de 1502 a 1770, quando toda a população
portuguesa migrou para o Brasil. A fortificação portuguesa de Mazagão,
em El Jadida, é reconhecida pela Unesco como patrimônio mundial da
humanidade.
*Essaouira
Uma antiga cidade costeira, recentemente redescoberta pelos turistas.
Desde meados de Junho até Agosto as praias estão cheias, mas no resto do
ano estão praticamente desertas. é a cidade costeira mais próxima de
Marrakech.
*Praias
Partindo do Norte, ao longo do Mar Mediterrâneo, o Crescente do Rif é
o nome dado a uma praia situada ao Leste de Tétouan. Esta praia é
caracterizada pela alternância das montanhas do Rif e o mar. Mais a Leste,
mas sempre ao Norte, a baía de Al Hoceima oferece uma magnífica
praia chamada a Pérola azul. É caracterizada pela sua beleza e
sua areia fina. Do lado do Atlântico, as praias são ainda mais
numerosas.
A pesca é uma atividade econômica importante em Marrocos, gerando
milhares de empregos. Por ano, são pescadas mais de 300.000 toneladas de
peixes, das quais 250.000 são sardinhas. Não é à toa
que Agadir é o primeiro porto de sardinha do mundo.
*Clima
O clima do Marrocos difere conforme as regiões: ao norte o clima é
mediterrâneo, ao oeste é atlântico e sariano ao sul. Só
nas regiões litorâneas que o clima é moderado.
No inverno, o clima das regiões montanhosas do Sudeste é freqüentemente
frio e úmido (neve abundante sobre o Atlas). A média de dias de
sol é, mesmo assim, de mais de 8 horas por dia.
Na metade setentrional, a estação é seca (do mês de
maio até o fim do mês de setembro) e há um período
moderado e úmido (início de outubro até ao fim de abril).
*Planicies
O lado Atlântico abriga não só numerosas cidades imperiais
do Marrocos mas também planícies coloridas que vão até
as praias.
Cereais, uva, azeitona, arroz, cana-de-açúcar são alguns
exemplos de que se pode encontrar nas planícies férteis marroquinas
que ocupam um lugar importante a nível da economia do país. Estas
planícies têm frequentemente muitas grandes extensões. Estirando-se
das montanhas do Rif até ao Moyen Atlas, a bacia do Sebou (36.000 km
2)
compõe-se de baixos planaltos, com cursos de água, algumas colinas
e planícies férteis que permitem a cultura de vários alimentos.
A planície do Rharb é uma da mais pequenas planícies que
ocupa, mesmo assim, 3.000 km
2.
Colheitas de beterrabas açucareiras, arroz, cana-de-açúcar,
tabaco e citrinos são feitas regularmente. Esta planície distingue-se
das outras pela presença da floresta Mamora onde é praticada a
exploração de sobreiros e eucaliptos.
Marrocos possui muitos cursos de água (oueds), como por exemplo, o Sebou,
a Melouiya, o Drá e o Dadès. Estes cursos de água propagam-se
em direção aos grandes rios e eventualmente em direção
do oceano e do mar. Contudo, conforme a estação, a quantidade de
água é variável. No inverno os rios podem congelar, e no
verão, podem secar. Isto representa um grande problema para o país,
sobretudo no que diz respeito à agricultura.
*Vegetação
A vegetação é do tipo mediterrâneo, tendo na montanha,
a tuia, o carvalho verde, o cedro, o zimbral e diversas plantas alpinas. Na
planície, desenvolvem-se o sobreiro, a oliveira, o lentisco e o argão.
Nas estepes do interior crescem a alfa e a armósia, enquanto nos oásis
do Sul, predominam das palmeiras.
Marrocos conta com antiqüíssimos e verdes bosques de coníferas,
muito ligados às altitudes mencionadas, sem esquecer os bosques de argânias,
em terras mais áridas e calorosas.
Nos denominados bosques da Mamora abundam as acácias, os eucaliptos,
os pinhos e mais de 50.000 hectares de sobreiros.
A estepe têm o esparto das colinas, a açofeira espinhosa, a artemisa
branca que costuma crescer perto do esparto, a tawarza, arbusto de látex
e os betoums, alfóstigos do Atlas, como sua principal vegetação.
Nos oásis podem-se contemplar mais de 25 espécies de palmeiras.
A mais comúm é a datileira com altitudes de até 30 metros,
embora não costuma viver mais de cinco anos. Seu fruto, o dátil,
constitui um dos produtos de exportação mais importantes do país.
Marrocos possui perto de cinco milhões de palmeiras datileiras, distribuídas
em uma superfície de mais de 80.000 hectares.
*Montanhas
Cerca de um terço do território marroquino é recoberto
de montanhas que alcançam alturas bastante impressionantes. Marrocos
encerra quatro principais cadeias de montanhas. Primeiro ao Norte do país,
de frente com a Espanha, as montanhas (ou Djebel do Rif) bordam o mar Mediterrâneo.
O mais elevado cimo do Rif atinge 2.456 metros e chama-se Djebel Tidighine.
O Rif tem superfícies variadas de acordo com as altitudes das suas
regiões. Mais longe das margens mediterrâneas e mais dentro do
país, é possível observar três outras imensas cadeias:
o Médio Atlas, o Haut Atlas e o Anti-Atlas, onde se pode encontrar novamente
uma diversidade das paisagens.
Moyen Atlas: Mais ao Norte das cordilheiras, a Leste da cidade
de Fès, a mais elevada montanha desta cadeia chama-se Bou Naceur (3.340
metros). Sobre estas montanhas encontra-se vários cursos de água.
A maior parte deles vai até o mar Mediterrâneo e o oceano Atlântico.
É entre as montanhas do Moyen Atlas que se situa o lago montanhoso mais
vasto do Marrocos, ou seja, o Alguelmane Sidi Ali.
Haut Atlas: Os mais elevados cimos da África do Norte
fazem parte desta cadeia. Uma dezena destas montanhas excede os 4.000 metros,
o mais elevado sendo o Djebel Toubkal (4.165 m).
Anti-Atlas: Tendo montanhas menos elevadas, esta cadeia ao Sul do Marrocos
é, sobretudo, caracterizada pela aridez.
*Deserto
A porção sul do país é ocupada pelo deserto do
Saara e compreende o Saara Ocidental, ex-colônia espanhola rica em jazidas
de fosfato, anexada pelo governo marroquino em 1975 sem o reconhecimento da
ONU.
O Erg Cherbi, perto da fronteira argelina, é a mais a vasta extensão
de pedras e de areia de Marrocos. Certas dunas de areia podem atingir 200 metros
de altura.
Culinaria Maroquinna
Marrocos é um reino místico, em larga medida
graças à influência árabe que determina todos os
aspectos da sua vida cultural, religiosa, social e até mesmo económica.
Ocupando uma área que vai do Estreito de Gibraltar até a Mauritânia,
no extremo noroeste do continente, este país fantástico é
um verdadeiro oásis ao alcance dos Europeus (apenas a 13 km do sul
de Espanha), que aqui podem entregar-se aos fascinantes prazeres de uma cultura
que tem mais de oriental do que de africana, no comum sentido da palavra.
O exotismo de
Marrocos tem a sua expressão mais vincada
nos hábitos alimentares, onde a explosão de sabores desperta
todos os sentidos. Não é, pois, de estranhar que a refeição
seja muitas vezes referida como walíma, cuja tradução
literal é banquete.
A requintada
culinária marroquina é pródiga
na combinação de sabores: legumes e frutos secos, especiarias
perfumadas, carnes soberbamente condimentadas, peixes e mariscos delicadamente
preparados... Uma refeição típica marroquina começa
com uma salada à base de pepino, tomate e pimentos ou uma sopa rica
de carne, legumes e grãos (a Harira). Segue-se normalmente um Tajine
(cozido de carnes com legumes e tomate, cozinhado e servido num recipiente
de barro com o mesmo nome, com 1001 variantes) ou uma das dezenas de variedades
de Cuscuz (sémola cozida no vapor acompanhada de legumes, carne de
vaca, frango, borrego, peixe, etc.).
Pode também deliciar-se com as espetadas à venda em (literalmente)
todo o lado ou com o Metchui - borrego assado no forno, tão lentamente
que, ao prová-lo, temos a sensação que a carne está
a derreter-se na nossa boca...
Um
prato tradicional muito apreciado é a Pastilla
Marroquina, um folhado mais ou menos grande feito de uma massa folhada muito
fina com um recheio agridoce que pode variar.
O pão tem um significado algo místico, sendo sempre considerado
uma oferta, mesmo nos restaurantes. A pastelaria marroquina é muito
rica e variada, sendo quase sempre à base de massas, amêndoas
e outros frutos secos: uma espécie de chamuças de mel e amêndoa
encontram-se entre os favoritos, assim como as feqqas com amêndoas.
No final de cada refeição é quase obrigatório
o digestivo chá de menta, que os marroquinos ingerem em quantidades
industriais e sob qualquer pretexto.
Embora possa parecer estranho, o facto é que, ao fim de dois dias,
qualquer turista se rende a este hábito singelo... como a todos os
outros elementos desta
culinária tão exótica!
* PASTILLA C/ AMÊNDOAS E FRANGO ( Receita Tradicional)
Ingredientes:
2 Peitos de frango
250g de cebola
110g de manteiga
½ Colher (sopa) de gengibre em pó
2g de açafrão
½ Raminho de coentro
½ Raminho de salsa
4 ovos + 1 gema de ovo
75g de açúcar
40g de amêndoas sem pele
Canela em pó a gosto
10 Folhas de massa filo
200g de manteiga derretida
Açúcar em pó a gosto
Sal a gosto
Modo de preparação:
1-Descasque as cebolas e corte-as em fatias finas. Em uma panela
grande, refogue os peitos de frango inteiros em 100g de manteiga, junto
com a cebola, o gengibre, o açafrão e sal. Quando estiverem dourados,
acrescente 400ml de água. Deixe cozinhar em fogo brando, tampando a
panela, por cerca de 30 minutos.
2- Retire os peitos de frango, deixe-os amornar, e corte em cubinhos.
3- Lave e pique o coentro e a salsa. Bata 4 ovos . Coloque as ervas e
o açúcar na panela. Deixe engrossar e então adicione os ovos . Deixe
cozinhar por mais 5 minutos, mexendo com a espátula sem parar. Deixe
esfriar.
4- Enquanto isso, doure as amêndoas no restante da manteiga, com uma
pitada de canela. Escorra-as em papel absorvente e triture-as
grosseiramente. Misture-as com os ovos cozidos.
5- Pré-aqueça o forno a 200°C.
6- Junte com manteiga derretida 4 folhas de massa filo. Coloque-as
em uma fôrma de 22cm de diâmetro, sobrepondo-as e deixando-as
ultrapassar as bordas. Ponha os cubos de frango no fundo. Cubra com 3
folhas de massa untadas uma a uma e salpique e coloque por cima os ovos
com ervas e amêndoas. Termine com as 3 folhas de massa restantes, sempre
untadas com manteiga derretida. Dobre as bordas para dentro da forma,
pincelando-as com a gema do último ovo, dissolvida em um pouco de água.
7- Pincele a massa com manteiga derretida e leve ao forno entre 15 e
20 minutos, até ficar bem dourada. Tire-a do forno, polvilhe-a com
açúcar em pó e desenhe losangos por cima, com canela.
*Chá de Menta - Em Marrocos é prática comum beber um copo de chá de menta cinco ou seis
vezes por dia – para além do convívio social e do paladar refrescante e
delicioso, o chá de menta tem algumas propriedades terapêuticas
conhecidas. Aprenda a preparar um chá de menta tipicamente marroquino e
traga um pouco de Marrocos para a sua casa.
O poder do chá de menta
Há muitos séculos que o chá de menta faz parte da cultura e estilo
de vida marroquino. Para além de ser sinónimo de um ritual relaxante e
saboroso (os marroquinos apreciam o seu chá de menta especialmente
doce!), diz-se que o chá de menta faz bem à saúde,
nomeadamente para facilitar a digestão, aliviar a má disposição
resultante da mesma, combater dores de cabeça e estados de nervosismo.
Num país onde não se bebe álcool, os marroquinos admitem que o chá de
menta possa ser o seu grande e único “vício”, sendo consumido cinco ou
seis vezes por dia ou por vezes até mais. Servido quente, morno ou frio,
o chá de menta é ainda um símbolo da hospitalidade marroquina.
Como servir um chá de menta:
Tradicionalmente, o chá de menta é preparado num bule específico – o
bule Berber ou Sufi – de formas curvas e com desenhos mouros, é
normalmente feito de latão ou banhado em prata. Ao contrário do que
habitualmente sucede na hora de servir um chá, o chá de menta não é
servido nas típicas chávenas de chá, mas antes num pequeno copo de vidro
colorido e ornamentado – o que torna toda a cerimónia do chá de menta
ainda mais agradável. O bico longo e elegante do bule marroquino
facilita o ato de servir o chá de menta nos respetivos copos de chá
marroquinos. Se pretender fazer e servir chá de menta com frequência,
aconselha-se o investimento num bule de chá marroquino, exclusivamente
reservado para a preparação do chá de menta, evitando assim a
influência dos sabores e aromas de outros chás. Para além disso, os
típicos copos de chá marroquinos também são um pequeno extra que
tornará cada momento de chá especial. Para servir um chá de menta com
pompa e circunstância, disponha o bule e os copos em vidro num
tabuleiro em latão.
A preparação:
- Ferva um pouco mais de água do que aquela necessária para fazer um bule de chá.
- Uma vez fervida a água, deite um pouco no bule de chá, agitando-o
cuidadosamente de forma a aquecer o bule com a água fervida. Deite a
água fora.
- Coloque, dentro do bule, 3 colheres de chá de chá verde solto, 10 raminhos de menta fresca e 3 colheres de sopa de açúcar.
Também pode utilizar folhas de menta secas, cerca de 3 colheres de chá.
- Encha
o bule com a água fervida e permita um tempo de infusão de cerca de 3
minutos, mexendo as folhas uma ou duas vezes apenas.
- Se for a primeira vez que prepara um chá de menta, prove: o chá
pode precisar de mais tempo de infusão ou mais açúcar. Se estiver muito
fraco ou muito forte, na próxima vez que preparar um chá de menta,
diminua ou aumente a quantidade de chá verde e de folhas de menta
utilizadas.
- Com a ajuda de um passador (para recolher as folhas) sirva o chá de
menta nos copos marroquinos. Pode guarnecer cada copo com algumas
folhas ou um ramo de menta se desejar.
- Enquanto serve o primeiro chá de menta, pode preparar a próxima
infusão: adicione 1 colher de chá de folhas de chá verde, 1 colher de
chá de folhas de menta e 2 colheres de sopa de açúcar ao bule e encha
com água fervida. Deixe repousar durante 5 minutos, mexa, prove e
sirva.
- Se pretender servir o chá de menta morno, deixe arrefecer até à
temperatura desejada. Se pretender servir o chá de menta frio, deixe
arrefecer até se encontrar morno e adicione gelo.
*Doce marroquino - Frutas Cristalizadas:
Pera, laranja, cidra, cereja, figo, mamão, abacaxi ( e o que mais encontrar)
damasco seco (que não pode faltar de jeito nenhum)
Suco de Laranja
1 xícara de cafezinho de cointreau
Corte as frutas cristalizadas e o damasco seco em tiras.
Caramelize um refratário que possa ir à mesa e disponha as fatias das
frutas. Regue com o suco de laranja e o cointreau e leve ao forno. Deixe
ferver até as frutas ficarem cozidas. Retire do forno e sirva em
seguida.
Não vou comentar muito, só vou dizer que fica bonita, muito boa,
impressiona as visitas e não é difícil de fazer. Só um lembrete, escolha
frutas sem muito açúcar (às vezes elas possuem com uma camada grossa
de açúcar).
*Salada de Cuscuz Marroquino com Ervas, Frutas Secas e Filé
Mignon de Porco
- 500g de cuscuz marroquino
- 2 col. de sopa de manjericão fresco picado
- 1 col. de chá de alecrim fresco picado
- 2 col. de sopa de hortelã fresca picada
- 2 col. de sopa de salsa picada
- 6 col. de sopa de azeite
- 1/2 xic. de damasco seco picado
- 1/3 xic. de figo seco picado
- 1/3 xic. de ameixa seca picada
- 1/4 xic. de castanha-do-pará fatiada
- 500g de filé mignon de porco em lascas
- suco de 2 limões
- sal a gosto
- alface para acompanhar
Tempere
o porco com sal, pimenta e 1 dente de alho e deixe pegar gosto por 30
min. Em uma panela grande, esquente um pouco de óleo e sele o filé. Vire
a medida em que for ficando dourado. Acrescente 1/2 cebola picadinha e
mexa um pouco. Acrescente gradualmente água para que a carne cozinhe. O
cozimento dura aproximadamente 40 min, em aproximadamente 20 deles use a
tampa. No final deixe quase todo o líquido evaporar. Reserve o filé.
Dilua
o caldo que restou na panela com 1/2 litro de água. Deixe ferver,
apague o fogo e acrescente o cuscuz. Tampe a panela e aguarde 2 min.
Acenda o fogo novamente e cozinhe o cuscuz, mexendo sempre, por 2-3 min.
Em uma tigela misture ao cuscuz ainda quente as ervas, as frutas secas, o suco de limão e 2 col. de azeite.
Depois
de amornar, adicione o restante do azeite e verifique o tempero.
Transfira o cuscuz para um prato, junte o porco e as folhas de alface.
Decore com tomilho.
Postado por Amigas da Lagarta às 18:55
*Cuscus marroquino - Cuscuzeira de barro (24 cm de diâmetro), para cuscuz marroquino
*Utencílio de cozinha - Tajine ou tagine (em Árabe: طاجين) é um prato tradicional em diversos
países árabes do norte de África, oriundo de Marrocos. Além do nome do
prato, é o nome da panela utilizada em seu preparo. Sua característica
principal é uma tampa cônica, que faz com que todo o vapor condensado
volte para o fundo da panela e facilite o preparo do alimento.
Alguns dos pratos de tajine mais famosos são mqualli (frango e
citrinos), kefta (almôndegas e tomate) e mrouzia (borrego, passas e
amêndoas).
As tajines são também preparadas com ingredientes como peixe, carne de
vaca, frutas secas, azeitonas e vegetais. São temperados
tradicionalmente com canela, açafrão, gengibre, alho, cominhos e
pimenta.
Aqui no Brasil, o prato tajine também é conhecida como Couscous
Marroquino, que a grosso modo é a sêmola de trigo duro hidratada com
caldo (legumes, carne, frango etc). Não necessariamente é o prato
principal. É comumente usado como acompanhamento em substituição ao
arroz.
Aspectos religiosos
Praticamente todos os marroquinos são muçulmanos.
O Islã é a religião oficial e os preceitos do islamismo
estão profundamente arraigados na sociedade. Com raras exceções,
a maioria dos muçulmanos marroquinos é de tradição
sunita.
Há cerca de 175 mil cristãos no país, além
de minorias judaicas e bahaístas, mas as fatias da população
representadas por esses grupos têm apresentado um declínio constante,
principalmente devido à perseguição e, no caso dos judeus,
à emigração para Israel.
A constituição marroquina assegura liberdade de
religião e, apesar do islamismo ser a religião oficial do país,
os estrangeiros podem praticar livremente sua fé. Eles freqüentam
cultos religiosos sem quaisquer restrições ou temor de represálias.
As mesquitas também estão presentes em todos os
cantos e suas portas de entrada têm características próprias.
Os muçulmanos seguem à risca as rezas diárias.
A entrada a mesquitas e lugares santos é proibida aos não-muçulmanos,
embora existam algumas exceções como a mesquita de Hassan II,
em Casablanca, o Mausoléu de Mohammed V, em Rabat, o Mausoléu
de Moulay Ismaïl, em Meknès e o Mausoléu de Moulay Ali Chérif,
em Rissani.
A religião é um elemento que une o povo e é uma característica
presente em todas as cidades do Marrocos. Apesar do contraste encontrado entre
as cidades de Fèz e Marrakesh com relação a Rabat e Tânger,
estas últimas cidades mais desenvolvidas e aparentemente mais inseridas
no mundo atual, a religião demonstra o mesmo aspecto em todas as localidades.
Em Rabat, a capital do país, é fácil notar nas ruas um comportamento
similar entre as mulheres. As vestes que cobrem o corpo e algumas vezes até
o rosto das muçulmanas estão presentes também nas gerações
mais novas. Apesar de mais liberais que em outras regiões, as marroquinas
acreditam que usar as roupas típicas do país é um sinal de
respeito pela religião
*
Corão - Livro Sagrado dos Mulçumanos - tem características semelhantes às leis éticas universais do bem estar do mundo e de todos.
Suratas são capítulos dentro do Corão, livro sagrado dos muçulmanos. Existem 114 Suras ou Suratas dentro deste livro.
No mundo muçulmano, todas as pessoas antes de começarem alguma coisa,
dizem sempre uma frase que lhes trás protecção e benção para o que
estão prestes a fazer, o mesmo se aplica antes de dizerem uma destas
rezas. Temos então:
BISMI ALLAHI ARRAHMANI ARRAHIMI - Em nome de Deus, misericordioso e beneficiente.
*Surat Al-Ikhlas (Totalidade) - Esta Surata fala de Deus como único, que não é pai, nem é filho. Na
religião Cristã, Jesus, por exemplo vem como filho de Deus, algo
excluído pela religião Muçulmana. Não excluem Jesus, de maneira nenhuma,
este vem mesmo citado no Corão. Esta surata é dita ser uma das
primeiras revelações feitas pelo arcanjo Gabriel ao Profeta Maomé. A
raíz da palavra Ikhlas quer dizer “purificado / refinado”.
Em Árabe:
Bismillahi Rahmani Rahim
Qul Huwa-llahu ‘Ahad
Alahu Samad
Lam Yalid Wa Lam Yulad
Walam Yakul La-hu Kufuwan ‘Ahad
Em Português:
Ele é Deus, Ele, Único
Deus, O Eterno, O Absoluto
Não É filho de ninguém, não Tem filhos
E não há nada como Ele em Ele mesmo.
* O Ramadão, Ramadã ou Ramadan (em árabe رَمَضَان) é o nono mês do
calendário islâmico. É o mês durante o qual os muçulmanos praticam o seu
jejum ritual (saum, صَوْم), o quarto dos cinco pilares do Islão (arkan
al-Islam).
A palavra Ramadão encontra-se relacionada com a palavra árabe ramida,
“ser ardente”, possivelmente pelo facto do Islão ter celebrado este
jejum pela primeira vez no período mais quente do ano. Uma vez que o
calendário islâmico é lunar, o Ramadão não é celebrado todos os anos na
mesma data, podendo passar por todas as estações do ano.
É mês sagrado, período de renovação da fé, da prática mais intensa da
caridade, e vivência profunda da fraternidade e dos valores da vida
familiar. Neste período pede-se ao crente maior proximidade dos valores
sagrados, leitura mais assídua do Alcorão, freqüência à mesquita,
correção pessoal e autodomínio.
O jejum é observado durante todo o mês, do alvorecer ao pôr-do-sol. O
jejum aplica-se também ao fumo e às relações sexuais. O crente deve não
só abster-se destas coisas, mas também não pensar nelas.
Durante o Ramadão, é comum a freqüência mais assídua à mesquita. Além
das cinco orações diárias (salat), durante este mês sagrado recita-se
uma oração especial chamada Taraweeh (oração noturna).
É o único mês mencionado pelo nome no Alcorão:
"O mês do Ramadão foi o mês em que foi revelado o Alcorão,
orientação para a humanidade e evidência de orientação e discernimento."
(Alcorão Sagrado 2:185)
****************************
*Futebol em Marrocos
A
Seleção Marroquina de Futebol representa Marrocos nas competições de futebol da FIFA
Histórico - Participou das copas do mundo de 1970, 1986, 1994, 1998, sendo a melhor posição obtida um 11º lugar em 1986.
Nos Jogos da Francofonia conquistou a medalha de ouro em 2001 e obteve uma medalha de prata em 1989 e uma de bronze em 2005.
Delegação de Marrocos
Alcunhas? |
Lions of the Atlas (Leões do Atlas) |
Associação |
Federação Marroquina de Futebol (الجامعة الملكية المغربية لكرة القدم / Fédération Royale Marocaine de Football) |
Confederação |
CAF (África) |
Material desportivo? |
Adidas
|
Treinador |
Eric Gerets
|
Capitão |
Talal El Karkouri |
Mais participações |
Abdel Majid Dolmy (124) |
Artilheiro |
Ahmed Faras (42) |
|
*Vestimentas de Marrocos
Como se vestem os homens
Como se vestem as mulhres marroquina -
Moda Marroquina - Na Vogue italiana, a moda marroquina na pele de Sasha Pivovarova.
Muitas mulheres em Marrocos seguem estritamente os costumes marroquinos
e vestem o seu corpo o máximo possível de acordo com a tradição que diz
que uma mulher decente apenas mostra seu o corpo ao marido e a mais
ninguém.
No caso de uma mulher vestir-se com algumas roupas mais ocidentais, poderá ser vista com desagrado ou como uma prostituta.
Para
a cultura mais tradicional marroquina, vestir-se com roupas de estilo
mais ocidental para ser mais atraente é considerado como falta de de
cência.
É preciso também dizer que as mulheres marroquinas não se maquilham durante o
Ramadão.
Muitos
homens marroquinos realmente admiram estas mulheres modernas que não se
vestem modestamente, embora não prestem qualquer contribuição para a
causa feminista.
Notícias de Marrocos:
1- Biodiversidade e conservação - comportamento - O dilema da baleia
A reunião anual da Comissão Internacional da Baleia (CIB) terminou na
semana passada, no Marrocos, sem grandes alterações ao acordo atual que
proíbe a caça de baleias, a não ser para fins científicos e em alguns
casos excepcionais, em que a caça é considerada uma prática cultural
e/ou de subsistência de determinadas culturas. 30/06/10
http://blogs.estadao.com.br/herton-escobar/2010/06/
2 - Crianças de rua viram artista de circo em Marrocos
Cerca de 180 crianças e jovens resgatados da prostituição nas ruas
marroquinas tentam reorientar suas vidas após se transformarem em
verdadeiros artistas de circo. Eles treinam diariamente sob uma tenda de
circo azul e branca para dar continuidade ao projeto
http://noticias.r7.com/videos/criancas-de-rua-viram-artistas-de-circo-em-marrocos/idmedia/bad2af5bb6a12cde6e1cd5c3cac3aadb.html
3- Uso do "hijab"
Uma estudante espanhola, de origem marroquina, com
16 anos, está impedida de assistir às aulas no Instituto Público Camilo
José Cela, em Madrid, porque decidiu começar a usar o véu islâmico
(hijab).
O
regulamento interno deste instituto, proíbe o uso de quaisquer
artefactos na cabeça, isto para evitar que os alunos/as apareçam nas
aulas com gorros.
Perante
a insistência da aluna e do seu pai, que apelam ao direito dessa
manifestação religiosa, o conselho directivo irá avaliar esta semana
qual a atitude final a tomar.
O
uso do "hijab", é um preceito religioso que toda a mulher muçulmana
deve respeitar. De certa forma será como usar um lenço cobrindo os
cabelos, pois a intenção é mesmo essa. Sendo os cabelos uma forma de
atracção sexual feminina, eles devem ser tapados por toda a mulher
muçulmana digna.
Sinceramente
não vejo porque não possam usar este véu, nas ruas, nas escolas, nos
centros comerciais, enfim, em todos os lugares onde houverem homens.
Olhando para a imagem que ilustra esta postagem, até posso dizer que favorece imenso o rosto de quem o usa. Não acham?...
Por
outro lado, dado que as terroristas islâmicas usam invariavelmente este
véu, será uma forma dos Serviços de Segurança Interna teram uma ocasião
para identificar mais uma potencial mulher bomba. Pelo sim, pelo não,
devem começar a vigiá-la, bem como todos aqueles que com ela se der.
Mais vale prevenir do que remediar....
Curiosidades Marroquina
Se
o cinema brindou Casablanca, a literatura
parece ter premiado Tânger, cidade do litoral do litoral do
Mediterrâneo. Em busca de uma vida com muito estilo e poucos dólares,
recheada de diversão, drogas, sexo e inspiração, escritores como William
Burroughs, Paul Bowles, Allen Ginsberg e Truman Capote, entre outros,
rumaram para lá na década de 50. Paul Bowles foi quem mais se apaixonou
pelo país (é dele o célebre livro "O Céu que nos protege", também
adaptado para o cinema).
* Filme Casablanca
Imagine que o roteiro que deu origem ao filme CASABLANCA, chegou a ser
oferecido por duas vezes a vários estúdios de Hollywood e todos de forma
uníssona rejeitaram. Mas o faro de Jack Warner, dono da Warner Bros,
indicou que aquele roteiro poderia gerar um grande filme pagando 20 mil
dolares pela história e depois tratou de correr atrás de quem pudesse
estrelar o filme. Na época, Ronald Reagan que tinha acabado de filmar EM
CADA CORAÇÃO UM PECADO, esteve cotado para o papel do líder Victor
Laszlo. Pra fazer o personagem central Rick Blaine, Humprey Bogart foi
contactado e quase recusou o papel, mas acabou topando. Otto Friedrich
conta em seu livro que foram inumeros problemas que cercaram os
principais astros do filme, alem do fato de que a improvisação era
constante, ninguem sabia o rumo do filme.
O compositor Max Steiner,
autor da trilha sonora, odiava a música As Times Goes By, que acabou
intimamente ligada ao filme. Bem, parece que a infelicidade de todo o
elenco fez com que o filme CASABLANCA fosse um sucesso. Aliás o
departamento de publicidade do estúdio chegou a sugerir que o nome fosse
mudado, já que CASABLANCA parecia marca de cerveja. Humprey Bogart foi
indicado ao Oscar por CASABLANCA, mas o premio viria apenas em 1954 por
ocasião do filme UMA AVENTURA NA AFRICA. Devido ao fato de ser um
fumante compulsivo, Humprey Bogart pagaria caro pelo vício, morreria de
cancer de garganta, depois de ficar um bom tempo cada vez mais fraco, a
ponto de suas mãos tremerem até quando tomava suco de uva em canudinho.
Ele morreu no dia 14 de janeiro de 1957. Humprey Bogart uma autentica
legenda de Hollywood nasceu na cidade de Nova Iorque no dia 25 de
Dezembro de 1899.
Título original: (Casablanca)
lançamento: 1942 (EUA)
direção:Michael Curtiz
atores:Humphrey Bogart, Ingrid Bergman, Paul Henreid, Claude Rains.
duração: 103 min
gênero: Drama
Sinopse:
Casablanca
a rota obrigatória de quem está fugindo dos nazistas na Segunda Guerra
Mundial. lá que Rick (Humphrey Bogart) vai reencontrar Ilsa (Ingrid
Bergman), anos depois de terem se apaixonado e se perdido em Paris.
Ficha Técnica:
Título original:Casablanca
gênero:Drama
duração:1 hr 43 min
ano de lançamento: 1942
estúdio: Warner Bros.
distribuidora: Warner Bros. / Metro-Goldwyn-Mayer
direção: Michael Curtiz
roteiro: Julius J. Epstein, Philip G. Epstein e Howard Koch, baseado em peça de Murray Burnett e Joan Alison
produção: Hal B. Wallis
música: M.K. Jerome, Jack Scholl e Max Steiner
fotografia: Arthur Edeson
direção de arte: Carl Jules Weyl
figurino: Orry-Kelly
edição: Owen Marks
Premiações: OSCAR,
Ganhou: Melhor Filme, Melhor Diretor - Michael Curtiz - Melhor Roteiro
http://cinemacomlucy.blogspot.com/2011/03/casablanca.html
* Cosmético
- Impossível falar de hidratação sem mencionar o queridinho do momento:
o óleo de argan, extraído de uma árvore típica do Marrocos.
Frutos argan
Ele se tornou indispensável para as celebridades de Hollywood porque
deixa o cabelo hidratado, macio e com um brilho inacreditável. Rico em
ácidos graxos essenciais (como o linolênico) e em vitaminas A, D e E,
tem ação reparadora e antioxidante, o que minimiza o desgaste dos fios
devido a estresse, poluição, sol, vento, secador, chapinha e química.
Com tanto sucesso, outros óleos (como o de camélia, o de açafrão e o de
pracaxi) ganham status e passam a ser combinados ao argan ou associados a
outros ativos hidratantes. Melhor: bastam algumas gotinhas (apesar de
caros, os produtos duram bastante!) para ganhar os benefícios.Veja como usá-los:
Para turbinar a máscara: coloque algumas gotas misturadas ao cosmético e
aplique depois do xampu e antes do condicionador. Funciona como
"transporte" para os nutrientes chegaram até o interior da fibra
capilar, potencializando o efeito da máscara.
Para proteger e
hidratar como leave-in: algumas gotas (duas para cabelo curto e até
cinco para o comprido) podem ser aplicadas nos fios antes de secarem
completamente.
Para controlar o frizz e dar brilho: usados no
comprimento e nas pontas quando o cabelo estiver seco tiram o arrepiado e
selam as pontas duplas.
Para um tratamento de choque: aplique o
óleo nos fios secos, massageando mecha por mecha, deixe agir por dez
minutos e enxágue. Depois, lave.
Nunca com fonte de calor
- Nenhum óleo deve ser aplicado antes de aparelhos térmicos, como
secador e chapinha. O motivo? Frita o cabelo, literalmente.
A moeda oficial de Marrocos é o Dirham (DH), que se divide em 100 cêntimos.
A moeda
As relações aproximadas são as seguintes:
1 Dirham = 0,10 Euro
1 Euro = 10 Dirhams
No mercado, estão disponíveis notas de:
200 DH, 100 DH, 50 DH e 20 DH.
As moedas em uso são as de: 10 DH, 5 DH, 1 DH, e 0,50 DH
*O câmbio de dinheiro
Não
deve esquecer-se de que o Dirham não se pode importar nem exportar e,
por isso, a sua aquisição, bem como o câmbio para outras moedas é
possível apenas dentro de Marrocos.
Aconselhamos a não trocar
dinheiro na rua. É ilegal. É melhor ir até aos pontos de cartaz dourado,
que estão autorizados pelo Estado. Emitem recibos das operações, que
serão indispensáveis para reconverter os Dirhams que lhe sobrarem na
moeda de origem, no final da sua estadia.
Os cheques de viagem são aceites, embora a maioria dos bancos cobre uma comissão de cerca de 1 Euro por cada cheque de viagem.
Cartões de crédito
São aceites os principais cartões de crédito internacionais. O cartão Visa funciona nas grandes cidades de Marrocos.
Os cartões de crédito são geralmente aceites nos grandes hotéis, lojas e restaurantes e, por vezes, inclusivamente, nos souks.
*Meteorito que caiu no Marrocos veio de Marte - Rochas devem ter vagado por milhões de anos antes de caírem na Terra
Uma equipe internacional de cientistas confirmou que procedem de Marte
os fragmentos de um meteorito que foi visto caindo como uma bola de fogo
no Marrocos em julho de 2011. A Sociedade Internacional de Meteorítica e
Ciência Planetária publicou em seu boletim os detalhes deste meteorito,
batizado de
Tissint.
Trata-se de sete quilos de material rochoso em pedaços que vão desde um
grama a quase um quilo, segundo explicou Edward Scott, presidente da
associação que agrupa 950 cientistas, incluindo vários funcionários da
Nasa. É o maior meteorito de origem marciana já encontrado na
Terra. Várias universidades ao redor do mundo irão estudar o meteorito,
que pode dar detalhes sobre o passado do planeta vermelho e ajudar a
dizer se ele já abrigou vida.
Apesar das várias missões enviadas a Marte, ainda não foi possível
retirar amostras do solo do planeta e trazê-las para a Terra. Por isso, a
confirmação de que o material do meteorito marroquino veio de lá é uma
boa notícia para os cientistas.
"Da química desses produtos podemos obter mais informações sobre o
ambiente marciano ao longo do tempo, desvendando, por exemplo, se era
comum que a água ficasse na superfície e, potencialmente, descobrir se
em algum momento Marte foi apto a ter vida", explicou a professora Lydia
Hallis, do Instituto de Geofísica e Planetologia da Universidade do
Havaí, nos Estados Unidos.
As rochas que formam o meteorito, porém, não são um retrato atual da
atmosfera marciana. Os cientistas acreditam que o corpo celeste estava
vagando pelo Sistema Solar havia milhões de anos antes de cair na Terra.
A principal hipótese é a de que um corpo maior tenha colidido com o
planeta vizinho e espalhado detritos como esses pelo espaço.
As partes do
Tissint começaram a ser encontradas em outubro do
ano passado, por nômades que perambulavam pelo vale Oued Drâa, próximo à
cidade de Tata. Uma das testemunhas, Aznid Lhou, disse, segundo o
boletim divulgado pela Sociedade Internacional de Meteorítica, que
primeiro viu uma luz amarela no céu da noite. Em seguida, o objeto
apresentou um forte brilho esverdeado, que iluminou toda região, para
então partir-se em dois.
*Transporte público do Marrocos
O
transporte público muitas vezes anda de burro, a galinha que você
compra nesse mercado é express. Devidamente “matada” e preparada na
hora, na sua frente, com a mão. A cabeça de camelo, iguaria valorizada
por lá, fica apoiada numa prateleira, com algumas moscas completando a
decoração.
Não faltavam abordagens insistentes, oferecendo todos os tipos de
produtos, de sandálias feitas a mão até artigos não muito lícitos. Estes
últimos eram anunciados entre dentes. Muitas lojas familiares
amontoadas garantiam a continuidade da bagunça. O marido batia palma ou
gritava, sem delicadeza, e alguma das mulheres rapidamente se
apresentava. Lá o mundo é poligâmico.
Mendigos, pedintes, caroneiros (pessoas que tentam levar turistas aos
lugares, em troca de comissão), doentes, vendedores. Todos juntos, num
caos fascinante, daqueles que enchem os olhos.
*Sinalização
*Rabat
- O Marrocos bloqueou a distribuição da revista francesa Le Nouvel
Observateur que publicou uma matéria sobre o mundo árabe na qual
aparecia uma ilustração do rosto de Maomé, o que é proibido pela
tradição muçulmana, informaram fontes marroquinas.
Esta decisão
acontece dias depois da proibição da revista francesa L'Express, que
publicou um suplemento de 95 páginas sobre o Islã, onde também é
reproduzida uma imagem do profeta Maomé. "O número da Nouvel Observateur
foi proibido porque reproduz o rosto do profeta, o que é proibido por
nossa religião. É evidente", declarou à AFP uma fonte do ministério da
Comunicação.
* Banheiro masculino e feminino no hotel
*A maioria dos marroquinos é islão , de forma que creem em um só Deus
verdadeiro (Alá) , acreditam tambem na existência de um livro sagrado
(Corão) e na distinção entre o bem e o mal.
Locais Património Mundial da UNESCO em Marrocos
# 1981 Medina de Fès
# 1985 Medina de Marrakesh
# 1987 Ksar de Ait-Ben-Haddou em Ouarzazate
# 1996 Cidade Histórica de Meknes
# 1997 Local Arqueológico de Volubilis perto de Meknes
# 1997 Medina de Tétouan
# 2001 Medina de Essaouira (antiga Mogador)
# 2004 Cidade Portuguesa de Mazagão (El Jadida, Mazagão)
DEFESA:
Efetivo total: 196,3 mil (1998).
Gastos: US$ 1,6 bilhão
(1998).
RELAÇÕES EXTERIORES:
Organizações: Banco Mundial, FMI, OMC, ONU.
Embaixada:
Tel. (61) 3321-4487, fax (61) 3321-0745, e-mail:
sifamabr@tba.com.br - Brasília,
DF.
http://www.maroc.ma/
http://www.sandtrip.com/index_files/HistoriaMarrocos.htm
http://www.passeiweb.com/saiba_mais/povos_e_paises/africa/marrocos_localizacao
http://civilizacoesafricanas.blogspot.com/2010/07/as-fortalezas-marroquinas-de-ouarzazate.html
http://www.girafamania.com.br/africano/materia_marrocos.html#
http://www.aacbm.org/site/brasilmarrocos/marrocos-turismo/
http://www.portalbrasil.net/africa_marrocos.htm
Domingo, 29/01/12